A profissão de cientista exige sensibilidade para ler os detalhes da natureza. Detalhes que ajudam a desvendar mistérios, que muitas vezes são confundidos com fenômenos sobrenaturais ou problemas insolúveis. Mas esta sensibilidade não precisa ser usada apenas para fazer Ciência, ela pode se manifestar também no campo das artes, como este belo poema do professor Herbert Guedes.
Saudades de ver os rostos nus,
Os sorrisos envergonhados,
As bochechas rosadas,
Os narizes rebitados,
Saudades de ver os beijos dos tímidos aos apaixonados por vezes exagerados.
Saudades de ver os conhecidos na rua,
Saudades de ver as crianças saindo da escola,
Saudades de ver os jovens conversando, muitos abraçados e com os dentes a mostra de tanto gargalhar,
Saudades do riso fácil e muita saudade dos abraços.
Saudades dos encontros casuais,
Saudades dos encontros marcados,
Saudades da resenha após o futebol,
Saudades do bate papo descontraído com os amigos, sem ou com objetivo, com muita comida e aperitivos. Com bolos de aniversário soprados e muito cuspidos, principalmente pelas crianças.
Tenho até saudade de mim…
Saudade de ser eu mesmo sem toda essa dor…
É muito difícil aceitar ser feliz com tantas vidas perdidas. Muitas partidas sempre serão sentidas, não tem mais volta.
Quando vencermos o vírus, queremos que ele vá embora e nunca mais volte, deste não teremos saudades!
Autor: Herbert Leonel de Matos Guedes
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