Por: Gabriel Taddeucci Rocha, aluno de Doutorado do PPG-Micro
A resistência bacteriana aos antimicrobianos é um grave problema de saúde pública mundial e a vigilância epidemiológica de bactérias resistentes é fundamental para que medidas preventivas sejam melhoradas. Na literatura científica é cada vez mais frequente o relato dessas bactérias em ambientes extra-hospitalares, como em rios e águas costeiras recreativas. Acredita-se que as pessoas em contato com esse ambiente estejam mais suscetíveis ao desenvolvimento de infecções. Entretanto, a falta de estudos que avaliem esse risco associado à falta de monitoramento desses organismos em águas recreativas contribui para que pouco se saiba acerca do tema.
Neste trabalho, os autores sugerem que o local de amostragem, os índices de poluição e o regime de marés são fatores associados e possíveis preditores à presença de bactérias produtoras de carbapenemase. Esses resultados podem estimular que mais estudos sejam realizados para aperfeiçoar este modelo e melhorar o monitoramento, assim, medidas públicas de prevenção poderão ser otimizadas. As carbapenemases são enzimas que inativam os principais antimicrobianos utilizados para tratamento de infecções por bacilos gram-negativos, um importante grupo de bactérias que causam infecções comunitárias e nos ambientes hospitalares.
Neste estudo, a ocorrência de bactérias produtoras de carbapenemases em praias do Rio de Janeiro ao longo de 1 ano foi avaliada quantitativamente para identificar possíveis preditores para a presença destas bactérias. Os autores quantificaram Enterobacteriaceae, Pseudomonas spp., Acinetobacter spp. e Aeromonas spp. produtoras de carbapenemase e analisaram em relação ao local de amostragem, índice de poluição, regime de marés, pluviosidade de 7 dias, salinidade, pH e temperatura da água.
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